Keith Richards e sua incomparável banda, The X-Pensive Winos, tocaram no Hollywood Palladium. Foi o penúltimo show de uma turnê por 12 cidades nos Estados Unidos e uma noite que banda e público jamais esquecerão. Agora, este show lendário está disponível pela primeira vez como um box set de edição limitada, disponível na loja online oficial.

Em todos os formatos - Boxset, CD, vinil 2LP e digital - Keith Richards conduz sua banda absolutamente fumegante por um clássico após o outro, incluindo suas faixas solo "Take It So Hard", "Make No Mistake" e os clássicos dos Stones "Happy" e “Connection”. Exclusivas para os formatos Boxset e Digital estão 3 faixas inéditas “Little T&A”, “You Don't Move Me” e o hit de Lennon-McCartney “I Wanna Be Your Man”.

Keith Richards comenta sobre The X-Pensive Winos: “Eu gostaria de agradecer a todos os caras dessa linda banda louca. Algo para amar. Eu sei que eu faço."

 Live At The Hollywood Palladium vem como um box especial de luxo, embrulhado em uma réplica da camisa da turnê vendida naquela noite, completo com um passe VIP de cetim em cima, também incluindo um ensaio totalmente novo impecável 'The Loosest Tight Band You Ever Heard' do renomado escritor de rock David Fricke. Ele vem como uma reedição após o álbum original ser lançado devido à popularidade dos bootlegs.

Projeto deriva de série homônima disponibilizada pelo vocalista no YouTube

O vocalista da banda Green Day Billie Joe Armstrong lança em formato de coleção, com 14 músicas, a série de covers feita no YouTube, “No Fun Mondays”, já disponível em todas as plataformas digitais. O registro de estúdio mostra Armstrong colocando sua assinatura melódica-punk em músicas que formam a trilha sonora da vida dele, incluindo clássicos de John Lennon, Billy Bragg e Johnny Thunders.

A série “No Fun Mondays” foi lançada em março no canal oficial do Green Day no YouTube. Assim como muitos músicos, Armstrong desejava passar a maior parte deste ano na estrada, em turnê, apoiando o álbum topo dos charts do Green Day, “Father of All...”. No etanto, uma vez que a pandemia pela COVID-19 forçou ele a colocar estes planos em pausa, Armstrong se ocupou de diferentes trabalhos. “Enquanto todos estamos em quarentena eu estive refletindo sobre as coisas que mais importam na minha vida: família, amigos e, claro, música”, ele comenta. “Eu acho que se nós temos que gastar este tempo em isolamento, ao menos, nós podemos ficar sozinhos juntos”.

Dando início neste trabalho com o perfeito cover do sucesso de Tommy James e The Shondells, “I Think We’re Alone Now”, Armstrong mostrou aos fãs uma nova versão cover gravada em casa a cada segunda-feira, acompanhada de um vídeo feito por ele. Além de prestar homenagem ao pais do punk-rock (The Avengers, com “Corpus Christi”, Dead Boy Stiv Bators, com “Not Thar Way More”) e trabalhar com os herois da classe trabalhadora (em “Gimme Some Truth” de John Lennon, e em “A New England”, de Billy Bragg), Armstrong também mostrou o amor que tem pelo pop açucarado com versões de “Manic Monday”, do The Bangles, e do tema de Tom Hanks no filme “That Thing You Do!”, de 1995 - que foi performada em tributo ao compositor da faixa, Adam Schlesinger, que faleceu por complicações do COVID-19 em abril.

Embora a inspiração do projeto seja solene, as músicas foram apresentadas para enaltecer. Mesmo tendo sido gravado em casa, “No Fun Mondays” é tão acelerado quanto qualquer um dos hinos do Green Day, prontos para apresentações ao vivo, uma masterclass em punk-pop poderoso, de um verdadeiro conhecedor da fórmula.

Wolfgang Van Halen - Foto: Travis Shinn

O Vídeo do Single de Estreia “Distance” - Uma Homenagem a seu Pai e Ícone da Guitarra Eddie Van Halen - já alcançou mais de 3 milhões de views no YouTube. Proventos da venda da música serão doados para a Mr. Holland’s Opus Foundation  

Todos nós nascemos com um nome. E tendo um dos nomes mais reconhecíveis do entretenimento, Wolfgang Van Halen estava se preparando para lançar músicas com a sua banda solo Mammoth WVH a algum tempo. O plano mudou quando seu pai e ícone da guitarra Eddie Van Halen, ligou para ele e disse que seu câncer havia retornado. Wolfgang decidiu colocar tudo em espera para poder ficar junto de seu pai durante sua batalha. Durante essa época, Wolfgang estava escrevendo materiais para seu futuro álbum solo, do qual o primeiro single, “Distance” nasceu.   

“Enquanto meu pai continuava a lutar contra vários problemas de saúde, eu imaginava como seria a minha vida sem ele e o quanto eu iria sentir a sua falta. É uma música muito pessoal, mas eu acho que qualquer pessoa pode se identificar com a ideia de passar por uma grande perda na vida,” explica Wolfgang Van Halen.   

Compondo a música e performando toda a instrumentação e vocais para Mammoth WVH, “Distance” é uma carta aberta a seu pai - uma que Wolfgang teve o prazer de conseguir tocar para ele e que se tornaria uma das favoritas de Eddie - declarando “não importa qual for a distância, eu vou estar com você.” O vídeo para a canção foi criado a partir de uma coleção de vídeos caseiros da família ao longo dos anos e oferece uma visão íntima de uma das personalidades mais notáveis do mundo da música. Depois de ver a família pelo passar dos anos, o clipe termina com uma mensagem de voz emocionante de Eddie para seu filho. 

Confira o vídeo de “Distance”:

“Eu não planejava que ‘Distance’ fosse a primeira música que as pessoas escutassem de mim, mas eu pensei que meu pai estaria aqui para comemorar seu lançamento. Isso é para ele. Eu te amo e sinto sua falta, pai.”

Uma organização muito próxima da família Van Halen é a Mr. Holland’s Opus Foundation. Eddie apoiava muito a organização através de inúmeras doações ao longo de sua vida. Seguindo ainda mais passos de seus pai, Wolfgang irá doar parte das vendas de “Distance” para a fundação.   

“Nossa conexão com Eddie cresceu a partir da sua natureza generosa, sua alegria quando via crianças aprendendo e tocando música, e principalmente, da sua compreensão do que é importante na vida. Eddie viveu através da sua música, e eu acredito que ele gostaria de ver essa forma de expressão crescer nos alunos. A música o salvou e ele amava retribuir por meio do que fazemos pelas crianças com o poder da música. Obrigada, Eddie. Nunca iremos te esquecer.” - Felice Mancini, Presidente e CEO da The Mr. Holland’s Opus Foundation.  

Os Maggots estão em festa! O Knofest, um dos festivais de heavy metal mais importantes do mundo criado pelo Slipknot, passará pelo Brasil. Lançado em 2012, o festival se estabeleceu nos Estados Unidos e se expandiu para todo o mundo, com edições no Japão, México, Colômbia e França. A edição brasuca do Knofest está agendada para o dia 19 de dezembro de 2021 no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. 

O público poderá adquirir os ingressos a partir das 10h, horário de Brasília, na quinta-feira, 26 de novembro através do site www.eventim.com.br e a partir dás 12h na bilheteria oficial no Estádio do Morumbi (acesso pela Avenida Giovanni Gronchi Praça Roberto Gomes Pedrosa - Morumbi). Estarão disponíveis os ingressos do valor integral (R$650), meia-entrada (R$325) e meia-entrada social (R$390) que terá parte do valor do ingresso destinado a uma instituição beneficente a ser anunciada. Os ingressos poderão ser parcelados em até 10 vezes sem juros pelo site da Eventim ou em 3 vezes sem juros na bilheteria oficial.

Logicamente, o Slipknot, anfitrião do evento, será headliner nesta primeira edição do evento no Brasil, mas outras nove bandas ainda serão confirmadas. A estrutura do Knotfest Brasil contará ainda com dois palcos, o KNOTFEST Museum, Food Park, e Loja de Merchandising, além de outras atrações para os fãs aproveitarem no dia. Quem quiser vivenciar uma experiência única, poderá comprar o pacote VIP com acessos a áreas premium e também merchandising exclusivo.

De volta à estrada, o Slipknot retornará a turnê de "We are Not Your Kind", seu sexto álbum de estúdio que estreou em #1 na Billboard 200 – esse foi o terceiro álbum consecutivo da banda a ocupar o topo da mais importante parada musical da Billboard. O álbum também teve um impacto global com estreias # 1 não apenas nos Estados Unidos, mas também no Reino Unido, México, Austrália, Canadá, Japão, Irlanda, Bélgica, Portugal e Finlândia, bem como Top 5 na Alemanha, França, Noruega, Itália, Áustria, Suécia, Suíça, Holanda, Polônia, Espanha e Nova Zelândia. 

Falando à revista Rolling Stone, o visionário criativo do Slipknot, Shawn “Clown” Crahan, definiu o Knotfest como “Dark Carnival Experience“. Não se restringe apenas aos shows, mas existe todo um ambiente criado ao redor.“ É tudo uma questão de se divertir. Um dia dedicado a nossa mentalidade, nossas ideias, às pessoas com quem queremos estar. Estou falando de cheiros, visões, audição, seu corpo, tudo estará sobrecarregado de estimulação”.

Há um pouco mais de duas décadas, nove músicos inspirados de Des Moines, Iowa, quebraram o alcance do que era possível no rock'n'roll. A partir do momento em que o Slipknot surgiu em 1999, com seu primeiro álbum homônimo, ficou evidente que era algo inovador. Desde então o Slipknot só provou que um compromisso duradouro com o esforço, a evolução constante, o artesanato musical e uma ligação constante com seus fãs podem permitir que uma banda de rock não apenas vá em frente, mas realmente continue a trabalhar sobre o que define heavy metal e rock em geral.

Com "We Are Not Your Kind", o novo álbum do Slipknot, seu primeiro lançamento em cinco anos, a banda cumpre todas essas exigências. Enquanto isso, o festival anual Knotfest do Slipknot evoluiu para o maior festival hard rock e metal no mundo, expandindo-se para quatro continentes. Mais de 550.000 fãs compareceram a esses grandes festivais, que são tão culturais quanto musicais, misturando rock pesado com hip hop, world music, artes visuais, instalações sensoriais e muito mais.

Tanto nos registros de estúdio quanto nas performances ao vivo, o Slipknot sempre permeou o mainstream e desafiou as expectativas. Recentemente, a banda fez parceria com a Amazon Studios para uma campanha publicitária de seu sucesso “The Boys”, e lançaram ainda o Slipknot No. 9 Whisky, com uma parceria com Cedar Ridge Distillery (American Distilling Institute “2017 Distiller of the Year”).

'Mercury' é o álbum de estreia do quinteto carioca que recebeu a bênção de Eddie Vedder

Por: Ingrid Natalie (instagram @femalerocksquad)

Qual banda não amaria ter o seu projeto autoral aprovado pelo maior ídolo? A Black Circle conseguiu a aprovação de Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam e maior referência. O quinteto carioca começou as atividades em 2016 como tributo ao Pearl Jam. No entanto, recebeu proporções muito maiores do que isso. A formação do grupo conta com Lenny Prado (vocal), Sergio Filho (guitarra), Luiz Caetano (guitarra), Gabriel Almeida Z (baixo) e Nyck Magnani (bateria). 

A banda ganhou uma forte notoriedade devido a intensa performance de palco, qualidade e shows lotados em sua cidade natal. Em 2018, a Black Circle começou a flertar com o autoral, divulgando os singles "Divide" e "Dissaray". No ano seguinte, eles apresentaram o single "Penguins or Butterflies". As músicas próprias foram tão bem recebidas pelos amigos e fãs, que em 5 de outubro de 2020 finalmente a banda lançou ‘Mercury‘, seu álbum de estreia, com 9 músicas autorais e uma versão de “Love, Reign O’er Me”, do The Who.

Assista ao vídeo de "Low White Ceiling":

Aliás, 2020 tem sido um ano no qual a banda usou toda a sua criatividade e energia, apesar de algumas imposições estabelecidas pelo distanciamento social. Eles participaram ativamente de transmissões ao vivo e em uma delas, a banda recebeu uma ligação de ninguém mais do que Eddie Vedder. Imagina a surpresa para eles!? 

Não só o destino conspirou a favor como também foi um resultado de total merecimento. A lenda do grunge convidou os brasileiros para ser atração de abertura para seu evento beneficente que está previsto para o dia 18 de novembro, no Twitch da Amazon Music. 

Assista a nossa entrevista na íntegra com os caras da Black Circle que contaram tudo sobre a produção de 'Mercury', a expectativa para a live com Eddie Vedder e planos futuros: 

Inlutz - Foto: divulgação

O quarteto de sleaze metal traz registro de estúdio com 9 faixas que carregam todas as caracrterísticas que um fã de um bom rock'n'roll aprecia

Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Prepare a pintura dos olhos, calça de couro e muita atitude. A banda de sleaze metal Inlutz chega com o pé na porta com uma sonoridade pesada, riffs marcantes, vocal potente e performances de tirar o fôlego! Todas as características que um bom fã de hard rock aprecia. O quarteto formado por Mexx (baixo), Fabz (vocais), Luke (guitarra) e Lexxi (bateria) está pronto para conquistar o mundo. Suas principais referências estão entre nomes clássicos dos anos 80 e início dos anos 90 como Skid Row e Mötley Crüe, além do que há de mais moderno do gênero, como Crashdïet, Crazy Lixx e Hardcore Superstar. O grupo também bebe muito de sua maior influência musical, o Iron Maiden.

Na estrada desde 2015, a banda acumula muitos shows na bagagem. Os "quatro Inluzt boyz" já excursionaram por diversos estados do Brasil, seu país de origem, incluindo São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Algumas desses shows chamaram bastante atenção, fazendo da banda atração de abertura de shows internacionais. Santa Cruz, Shiraz Lane e TUFF estão incluídos nesta lista.

Recentemente, o quarteto lançou seu álbum de estreia intitulado "Echoes of Revolution" com o apoio da Civil Alien Records de Los Angeles. De acordo com a banda, o novo registro de estúdio reencarna uma atmosfera de outras épocas, porém, evoluído e com mais ainda a oferecer do que na sua ultima encarnação. "Echoes Of Revolution" combina elementos que todos os fãs de rock gostam, sem deixar de ser inovador! Refrões marcantes, mensagens provocativas e musicalidade impecável unem passado e presente para dar uma nova grande chance ao hard rock e uma cara ao estilo vindo do Brasil para o mundo!

Leia a nossa entrevista com o vocalista Fabz:

FRS: Como foi o processo de composição do álbum "Echoes Of Revolution"? 

Fabz: As faixas desse disco são primeiras feitas pela banda! Os fãs podem esperar ouvir quase tudo com que vibram nos nossos shows! Temos mais músicas que aparecem já para o segundo e terceiro discos! Mas por hora vão 9 que representam muito a fase embrionária da banda.

Em geral eu componho as letras  e músicas! As faixas Inluzy Boyz e Bourbon Room são mais coletivas. A faixa de introdução tem base musical experimental desenvolvida pelo baixista Mexx e meu trabalho de arranjo e conceitual por cima.

A faixa "All She Wants" tem riff do nosso entao guitarrista Domi! O restante, como eu disse, eu compus, mas sempre com a maestria dos membros da banda para melhorar tudo com sua identidade na hora de montar detalhes e dar a cara final com arranjos instrumentais e trechos cruciais para ser tudo como é!

As letras me surgem a partir de experiências de vida minhas reais! Sentimentos, pensamentos e reflexões a cerca do mundo são o que expresso ali. Há também muita mensagem critica sobre a atualidade!

capa do álbum

FRS: Quais foram as principais influências para o álbum?

Fabz: As principais influências que temos musicalmente sempre e para o álbum, é claro, são: Iron Maiden, Skid Row, Crashdiet e Motley Crue. Cada um de nós ainda tráz mais influencias diversas que aparecem de forma inconsciente. Mas além da parte musical, somos muito influenciados por muita literatura; além da estética cyberpunk para propor nossas mensagens e provocações!

FRS: Quais foram os desafios de lançar um álbum em um ano tão atípico como 2020?

Fabz: O álbum está pronto desde 2019. Tínhamos planos que foram postergados por várias dificuldades pré-pandêmicas! Quando íamos lançar no primeiro semestre a pandemia atrapalhou muito ! Selos que iam investir seguraram, nós tivemos que segurar e fomos limitados em relação a fazer shows, que seria nossa estratégia de promoção do material. Em outras palavras, sempre há muitos desafios para as bandas, e a pandemia trouxe ainda a maior dificuldade de promover o disco no palco de estado em estado, cidade em cidade, como gostamos de fazer; à moda antiga!

FRS: Quais são os planos pra 2021?

Fabz: Vamos lançar disco físico, novos singles e clipes, produzir o segundo disco e desejamos muito voltar a fazer muitos shows! Tomara!!!!

Assista ao clipe de "All She Wants":

Rubah - Foto: Divulgação

Artista mineiro trabalhou com muito afinco em 2020 lançando dois EPs repletos de influência do rock latino

Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Um mineirinho com inspirações fortemente latinas, esse é Edgard Leite de Oliveira ou se você preferir Rubah. O nome artístico descreve sua paixão e dedicação à música, especialmente o rock'n'roll. A palavra 'rubah' é encontrada no vocabulário africano e asiático com significado de 'lobo' ou 'cão de caça'. O artista recebeu esse apelido de uma amiga iraniana que afirmou que ele tinha características semelhantes. 

Rubah é um dos principais nomes da cena independente de Minas Gerais, sendo fundador da banda Misericore com a qual lançou os discos 'Cidadão Perfeito' (2001) e 'Misericore' (2004). Foi também vocalista e fundador da banda M.E.KA. (2007) e baixista da banda DOPS de 2012 a 2015, também deixando diversos registros de estúdio em sua discografia. Em 2019, ele deu início a sua carreira autoral no qual afirma representar "uma inquietação diante da angústia dos tempos atuais". 

Neste ano, Rubah lançou os EPs 'Encruzilhada' e 'Libertad'. Este último trabalho traz a música 'Hablando de La Libertad' que é um tributo a banda La Renga e uma homenagem ao povo argentino e a toda classe trabalhadora do mundo. 

Confira a nossa entrevista com Rubah no qual ele comenta sobre a produção dos dois EPs e do lançamento do single atual: 

FRS: Primeiramente, quando e como o rock'n'roll te chamou atenção?

Rubah: Ainda na infância minhas tias escutavam rock nacional e uma vizinha era fã de Guns n’ Roses as guitarras e a energia das músicas me contagiava. Logo fui atrás de rádios, pessoas, fitas K7 para escutar.

FRS: Percebemos que você tem uma forte influência latina. Quais são as suas principais referências?

Rubah: Tem uns 20 anos que escuto e pesquiso musicas latinas, gosto muito da originalidade das canções populares dos anos 70, da Trova Cubana, e do Rock Argentino dos anos 80 e 90. No EP Libertad apresento alguns materiais interessantes como Silvio Rodrigues, La Renga, Lucio Battisti e Rodrigo Gonzalez.

FRS: Vamos falar sobre os lançamentos de 2020, os EPs "Encruzilhada" e "Libertad". Como foi o processo de produção dos registros?

Rubah: Foram bem singulares... o EP “Encruzilhada” tem as 3 primeiras faixas Registradas, Mixadas e Masterizadas em Buenos aires em 2019 as 3 ultimas faixas em BH no inicio de 2020,  antes da pandemia, são canções compostas durante a sinergia de lutas sociais.

O EP “Libertad” foi uma ideia de musicalizar a partir de compositores importantes canções que considerei importante para o período de pandemia, incertezas e isolamento social. Um tributo e uma homenagem a todos os países de origem das canções e povo destes países. Foi todo feito em casa e na minha cidade Viçosa.

FRS: A música 'Hablando de La Libertad' é um tributo a banda La Renga e uma homenagem ao povo argentino e a todos os trabalhadores do mundo. Conte-nos mais sobre a composição da canção.

Rubah: Esta canção foi gravada nos anos 90 pela banda argentina La Renga, sempre ao escutar esta canção minha mente remetia a imagens das trabalhadoras e trabalhadores argentinos. Pensei então em fazer esta homenagem ao povo e um tributo a banda que tanto gosto. Eles receberam muito bem o trabalho e fiquei feliz.

Assista ao vídeo da música 'Hablando de La Libertad':

Rubah: Os meus desafios creio que foram os desafios da humanidade, sobreviver... se reinventar... e tentar refletir diante das nossas escolhas e posturas diante do mundo... a pandemia e o isolamento social trouxeram para a humanidade muitos desafios e para mim especificamente a necessidade de repensar em vários campos. Quanto ao trabalho musical vivemos as incertezas e as mudanças de grande impacto na forma de compor, produzir e escutar as canções, sons e novas tecnologias, tudo isso é bem desafiante.

FRS: O que você planeja para 2021?

Rubah: Estou com bastante composição... muitas ideias... muitas letras e muitas coisas já produzidas... agora é tentar viabilizar a gravação e lançamento. Tudo incerto devido ainda o distanciamento social e o alto custo da produção musical.

Assista ao vídeo da música 'Refúgio': 

Álbum traz 7 faixas que unem rock'n'roll e pop harmoniosamente 

Texto: Marcela Bianchini 

Se você não viveu dentro de uma bolha pelos últimos 20 anos, você deve saber que os irmãos Isacc, Taylor e Zac Hanson construíram uma carreira sólida para além do álbum "Middle Of Nowhere" que contém o clássico "MMMBop". Todos os anos o trio de Oklahoma lança um EP com músicas novinhas em folha, exclusivas aos membros de seu fã-clube (ou “comunidade”, como eles gostam de dizer), baseado no site www.hanson.net. O lançamento de 2020 é o EP “Continental Breakfast (In Bed)”. 

Os EPs costumam ter 4 ou 5 músicas. CBIB, no entanto, tem 7 músicas, sendo uma maneira de a banda “compensar” os fãs pela não realização de shows e outros eventos durante este ano de pandemia tão caótico. Como já é característico, os irmãos se revezam nos vocais principais. Também foram gravados videoclipes para todas as músicas de CBIB; alguns são exclusivos ao fã-clube, outros estão disponíveis ao público no canal oficial da banda no YouTube. Lá também podem ser encontrados vídeos “Table Talk”, nos quais os rapazes comentam sobre cada uma das músicas e mostram trechinhos dos vídeos.

O EP começa com a animada “Dressed in Brown Eyes”, que conta com a participação especial do gaitista John Fullbright, tanto na música quanto no respectivo videoclipe, filmado na cobertura de um edifício em Tulsa (cidade da banda). A melodia pop e cativante, daquelas que “grudam na cabeça”, é bem característica do trio.

A segunda faixa, “Good Days”, começa com Zac Hanson cantarolando um “la da da da” relaxante, que dá vontade de cantar junto. A letra traz uma mensagem otimista, um conselho para aproveitar o momento. O videoclipe retrata um típico “dia de verão”, com crianças (filhos dos integrantes da banda) se divertindo em um pula-pula.

A seguir vem “Miss You Like Crazy”, também com uma melodia pop e animada, a letra sobre saudade inicialmente poderia ser interpretada como uma “história de casal”, mas, como a própria banda comentou, acabou retratando a saudade que é sentida tanto por músicos quanto por seus fãs em um ano em que eles não puderam ter experiências de música ao vivo. Isso é mostrado no videoclipe desta faixa, com a banda tocando em uma casa de shows vazia e relembrando momentos de shows passados (o que para nós, fãs de música, parece que foi há uma eternidade!).

A quarta canção, “Everyday (Wedding Song)”, foi composta há 14 anos, especialmente para o casamento de Isaac Hanson, e só agora foi gravada, embora já tenha sido tocada em alguns shows. A letra é uma declaração de amor do Hanson mais velho à sua esposa Nikki, e o videoclipe, bastante intimista para combinar com a vibe da música, mostra cenas lindas do casamento.

A faixa seguinte, “Change”, é outra que já dá vontade de cantar junto desde o início, com sua letra repleta de “oh oh” e mais uma mensagem otimista. Seu videoclipe foi o último a ser lançado pela banda e mostra cenas dos rapazes no estúdio, partes da letra e também trechos dos outros seis videoclipes.

A penúltima canção, “Begin Again”, é uma balada cantada por Isaac, de melodia calminha e letra falando sobre se permitir recomeçar. Em seu clipe, Isaac aparece escrevendo alguns trechos da letra e os rapazes se reúnem em torno de uma fogueira; o clima aconchegante do vídeo combina com a sensação de tranquilidade passada pela música. Encerrando o EP, “All I Know” é uma canção maravilhosamente simples, apenas com a voz de Taylor Hanson e o piano, como mostrado em seu videoclipe. 

Há um contraste interessante entre o clima no início e no final do EP, já que a primeira e a sétima músicas são muito diferentes, mas esta diversidade de estilos é uma grande característica da banda. Isaac, Taylor e Zac Hanson compuseram todas as canções e se dividiram na gravação de diversos instrumentos. O talentoso baixista Andrew Perusi, que faz parte da banda ao vivo dos rapazes, também participou da gravação de CBIB.

Índigos - Foto: Andreina Mosteiro

Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

O termo 'índigo' é explicado como um ser que vem ao planeta com o objetivo de romper paradigmas  e velhas estruturas. Definitivamente, Marcelo Escobar (voz e baixo), Beto Gebhard (voz, violão e guitarra) e Alberto Whyte (bateria) entenderam o chamado e decidiram através da música quebrar conceitos antigos e nos apresentar a novos horizontes musicais. 

Dando continuidade aos discos “Miragem” (2014) e “Espelho” (2016), a Índigos lançou recentemente “Sinapse”. O novos registro de estúdio traz 8 faixas que equilibram um clima introspectivo com o peso do rock. Para completar a base, Andret Oliveira, da Banda Eddie (PE), soma nos teclados e synths. Totalizando aproximadamente 40 minutos de puro som autoral que mescla o rock alternativo atual, progressivo e sonoridades dos anos 60 a 80, álbum reflete sobre os diferentes sentimentos e ideias que passam em nossas mentes dentro de um único dia. Mais que um álbum, "Sinapse" é uma conversa com o ouvinte.

Uma das curiosidades desse álbum é que possui pouca edição, realmente intencionado para não mascarar erros e defeitos. O power-trio quis verdadeiramente mostrar como se comportam no dia-a-dia, no estúdio, no show. A banda ressalta sobre o álbum, "é orgânico, totalmente verdadeiro e é um disco que quando escutamos nos leva a viajar e nos tira da rotina pesada. Queremos que nossa música seja um meio para trocarmos, como uma conversa, um abraço. Você não está sozinho”. As principais inspirações foram Alice in Chains, Porcupine Tree, Placebo, Scalene e The Butterfly Effect. 

Outra novidade que "Sinapse" apresenta são as participações de Malu Magri, Andret Oliveira e da banda Bratislava. Malu Magri doa um pouco de seu dom ao participar de “Peregrino”, e a Bratislava divide “Tempestade”, composta em parceria e gravada ao vivo no estúdio Jacarandá.

Veja nossa entrevista com a Índigos que revelou todos os detalhes da composição do novo trabalho de inéditas e planos futuros: 

A Índigos é uma sequência de trabalho de outras bandas e projetos passados, que culminaram no que somos hoje. 2 amigos com vontade de tocar juntos é o começo de provavelmente toda banda de rock!

FRS: Quais são as principais influências para a banda? 

Tudo ao nosso redor nos influencia. Até coisas que a maioria das pessoas não acreditaria. Música sempre tem o poder de abrir novas rotas e cada música que você escuta te abre um novo leque de ideias e possibilidades. Não acredito que tenhamos apenas 1 ou 2 influências. Nosso som tem uma essência de rock, mas foram vários caminhos que nos trouxeram até aqui.

FRS: Qual a origem do nome Índigos? 

Índigos é um nome forte, um nome que remete a uma conexão, uma aura,  a uma energia. É um pouco do que somos e do que queremos na relação com quem escuta nosso som, vai ao nosso show. Acho que ao explicar um nome a gente tira algo, que às vezes as pessoas sentem ou veem.

FRS: Como funciona o processo de composição entre vocês? É colaborativo?

100% colaborativo, às vezes inclusive fora da banda. Obviamente sempre existe uma semente, que vem de um de nós, mas o processo de criação para a ideia virar algo maior é sempre em conjunto. Com "Tempestade", música que convidamos o Bratislava para participar, foi assim também. O Vitor é um poeta que a gente admira e ele trouxe isso pro processo. A música ganhou um novo patamar.

FRS: Vamos falar sobre o mais novo lançamento da banda, "Sinapse". O que foi mais desafiador na composição do álbum em comparação com os trabalhos anteriores?

Grande parte disso vem do amadurecimento natural da banda. Outro fator foi a entrada do Beto Gebhard como membro da banda (ele já tocava desde o primeiro show da Índigos conosco, mas como convidado) e saída do Rafa Dantas, que cuidava das composições antes. Tínhamos um compositor erudito na banda, com arranjos super elaborados e complexos. Com o Beto, que fez a produção musical desse disco, a gente pôde se expressar mais, e isso refletiu nas músicas, mostrando nosso lado mais real, mais verdadeiro. Então o processo foi muito mais leve pra banda.

FRS: Para esse álbum, vocês contaram com a participação de nomes importantes do indie rock brasileiro. O que vocês podem falar sobre essa experiência?

Abrir suas composições para uma pessoa de fora da sua banda é sempre um momento especial. Aquele frio na barriga gostoso. A Bratislava é uma banda que admiramos e somos amigos. Foi um processo muito natural. Convidamos eles para uma jam no nosso estúdio, ficamos umas 3h trocando ideias e sons e a música veio. O segundo encontro já foi a gravação valendo que fizemos ao vivo, todo mundo junto na sala e rec!

Com a Malu Magri o processo foi um pouco diferente. Ela tem uma voz incrível e quando o Beto compôs a música ele a mostrou pra ela e a conexão tava feita! Novamente foi tudo muito rápido e verdadeiro.

A outra participação é quase um membro da banda. O André Oliveira é um músico extraordinário, com uma vasta experiência de shows e discos. O Beto trabalha a muitos anos com a banda Eddie, e a amizade e troca entre eles resultou nessa participação dele.

Assista ao clipe oficial da faixa "Palácio"

FRS: Qual música de "Sinapse" mais representa o momento atual da banda?

"Sinapse" tem muitas cores, muitos sentimentos e principalmente, tem muita conexão com diversos momentos do nosso dia a dia. Todas músicas cabem como trilha sonora do que estamos vivendo. A Índigos é, antes de ser uma banda, 3 amigos. Cada 1 com suas angustias, suas expectativas. E somos mutáveis. Hoje já somos diferentes do dia que gravamos o disco. Então cada momento somos um pouco do "Sinapse". Uma das músicas preferidas das pessoas até o momento tem sido "Peregrino". Uma música que fala de depressão, tem tido bastante atenção. Talvez pelo momento atual que nos fragiliza.

FRS: Para finalizar, quais são os planos futuros para a Índigos? 

Difícil pensar em futuro com essa pandemia. Nossos planos com o disco eram de por ele na rua pra alcançar as pessoas, fazer show para poder trocar esses sentimentos com quem ali estiver. Acho que 2020 já nos trouxe muitas coisas positivas também. Lançamos o disco, conseguimos fazer 2 clipes maravilhosos feitos 100% pela própria banda. E os feedbacks recebidos nos dão energia pra seguir em frente e enfrentar essa neblina toda.

Ouça "Sinapse" na íntegra: