The Zasters: a melhor definição do indie moderno

8:00 PM

The Zasters - Foto: Lucca Miranda

O som da banda The Zasters é uma mistura perfeita de indie rock, pop, post punk e hardcore. Essa união de variados gêneros musicais cria uma estética indie contemporânea aliada a integração de outros instrumentos, como sintetizadores. Além dessa essência singular na sonoridade, o quarteto paulista foi fundado por duas mulheres Jules Altoé (vocal/guitarra/sintetizador) e Nabila Sukrieh Nogueira (bateria/vocal)  em 2015 e debutou oficialmente no ano seguinte com o EP “This Is A Disaster” (2016). Os músicos Rafa Luna (guitarra/vocal) e André Vitor Celkevicius (baixo/vocal) completam a formação que vêm ganhando cada vez mais fãs dentro da cena independente. 

Deste então, The Zasters lançaram mais dois EPs, como o elogiado “What Just Wappened?” (2020) e "What Comes Next" (2021) e diversos singles com sonoridades autênticas e letras ácidas. Em 2022, foram lançados os singles "Berlin""Fake Fake Fake""Pants On Fire", com produção musical de Gabriel Zander, e "Trovão" em parceira com a banda The Mönic. Atualmente, The Zasters prepara o lançamento do primeiro álbum completo com previsão de chegada ainda para 2023.

Confira o nosso agradável bate-papo com Jules Altoé e Na Sukrieh: 

FRS: Para aqueles que estão conhecendo o trabalho da banda, como vocês decidiram formar o projeto lá em 2015?

Jules: A banda começou a fazer músicas autorais em 2015, com a entrada da Na na bateria. É por isso que consideramos 2015 como o ano que iniciamos o projeto The Zasters com as nossas músicas e primeiro EP gravado lá no Costella em 2016!

FRS: O nome da banda sugere realmente uma inspiração do vocábulo inglês 'disaster'. Qual é a história por de trás do nome  The Zasters?

Jules: A gente sempre foi uma banda com letras irônicas e cínicas, então achamos um nome apropriado com o jogo de palavras e o significado. Hoje acho até engraçado porque muitos dizem que parece nome de banda de metal, e quando ouvem se surpreendem.

FRS: Ao ouvir a banda, podemos notar um som que segue uma atmosfera como Violet Soda e Far From Alaska. Quais são as principais influências musicais de vocês?

Jules: As minhas com certeza vem do indie rock dos anos 2000, como Arctic Monkeys e Strokes, mas também gosto de rock dos anos 60 e 70.

Na: Ouvimos muito de tudo, sempre trazemos referências variadas de lugares diferentes pra chegar em novas ideias e composições. Tenho escutado muito emo, pop punk, indie rock. Metric, Citizens, The Regrettes, Paramore, são bandas que tenho escutado muito esses dias. 

Assista ao vídeo do single "Pants On Fire":


FRS: Como funciona o processo de composição para vocês? É colaborativo ou cada um tem uma função na hora da composição?

Jules: Sempre foi bastante colaborativo. Eu escrevo letras e músicas, assim como a Na e o Rafa, e aí vamos mexendo juntos no arranjo e ideias que vão surgindo ao longo do caminho. 

Na: Isso mesmo. Sempre alguém tem uma ideia inicial, mostra pros outros, e aí vamos criando todos os layers em cima, definindo a forma da música, letra, dinâmicas, até chegarmos numa demo legal!

FRS: Na sua opinião, qual música mais retrata a sonoridade do The Zasters? 

Jules: Acho que hoje "Fake Fake Fake" seria nosso cartão de visita. Acho ela bem indie com guitarras riffadas, groove bem dançante e rápido e com uma letra criticando o que vivemos na era da internet.

Na: Também acho que "Fake Fake Fake" é um resumo do que somos. É uma música mais frenética, com levadas dançantes e riffs marcantes. Temos algumas ainda pra sair que acho que seguem essa mesma pegada, estamos curiosos pra ver nosso próximo material rodando por aí. 

Relacionamentos virtuais baseados em farsas, necessidade de se encaixar em um padrão, mostrar-se feliz, cool ou engajado o tempo todo são apenas alguns dos comportamentos doentios, porém super comuns do universo digital. É sobre isso e mais um pouco que a banda The Zasters fala em seu  single “Fake Fake Fake”. A vocalista Jules Altoé comenta, “A ideia geral da letra é mostrar essa fantasia absurda que a internet cria na cabeça das pessoas, onde todo mundo é feliz, todos tem uma certa aparência e status social, e você acaba ficando obcecado em mostrar uma coisa que às vezes nem é, só pra entrar nessa realidade – que nem é uma realidade, é tudo falso demais”. Assista ao vídeo oficial do single: 


FRS: A banda divulgou recentemente o single "Trovão" gravado em parceria com The Monic. Como foi todo o processo?

Jules: Quando recebemos o convite para participar ficamos muito animados! As The Mönic falaram que tinham algumas ideias de voz e guitarra que poderíamos contribuir. Logo que recebemos a música começamos a trabalhar nela e foi muito divertido, a gente ia trocando ideias e mandando a música até chegarmos no resultado final! Rolou até de colocar uns synths aqui e ali, foi um processo bem livre e muito fácil de fazer acontecer :)

FRS: O que podemos esperar do The Zasters ao longo de 2023? Vocês pretendem excursionar pelo país?

Jules: Tá pra sair do forno mais alguns singles do nosso primeiro álbum! Então logo que tudo estiver no mundo, pretendemos fazer shows por aqui sim (e quem sabe pelo mundo haha)!

Na: Tem muita coisa legal pra sair esse ano, acho que as novidades estão só começando. Vamos lançar nosso 1o álbum e temos trabalhado MUITO em cima desse material. Não vemos a hora de ver as pessoas ouvindo tudo que fizemos com tanto cuidado, e conhecendo um pouco mais sobre a gente! <3  


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