Pearl Jam lança "Gigaton", o décimo primeiro álbum de estúdio

10:00 AM

Pearl Jam - Foto: Danny Clinch
Um álbum diferente, mas igualmente interessante. "Gigaton" exibe um lado mais experimental do quinteto de Seattle 

A espera finalmente acabou! Sete anos depois do lançamento o último disco, Pearl Jam está de volta com seu novo registro de inéditas, "Gigaton". O sucessor de "Lightning Bolt" (2013) foi disponibilizado em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira, 27/03. Infelizmente, algumas ações de divulgação do álbum, como uma turnê norte-americana, foram adiadas devido a pandemia de COVID-19. No entanto, não ofuscou a ansiedade da banda e dos fãs em respectivamente apresentar e conhecer as novas músicas. Sem mais enrolação, vamos dissecar cada uma das 12 faixas.

"Who Ever Said" abre de forma explosiva o álbum. Guitarra começa forte, bateria ditando um ritmo pesado. Aquele jeito Pearl Jam que todos conhecemos. A letra aborda um chamado para nunca desistir de lutar pelo bem comum e que ninguém deve ser moldado por opiniões de terceiros. "Superblood Wolfmoon" mantém a mesma pegada e destaque para o belíssimo solo de guitarra de Mike McCready. A música diz como o ser humano pode ser egoísta e descuidado com o planeta e, agora, faz um pedido de perdão. Veja o clipe:


O álbum continua com "Dance Of The Clairvoyants", a primeira faixa a ser escolhida como single. A música rendeu vários comentários tanto positivos quanto negativos. A sonoridade é bastante diferente do que esperamos do Pearl Jam. Parece ter recebido muitas inspirações do pop/rock dos anos 80 ou até para os mais contemporâneos traz uma atmosfera indie rock, fazendo uso de sintetizadores. Definitivamente, a banda quis mergulhar em um novo mar de experimentação. Assista ao vídeo:


"Quick Escape" também integra o time das músicas pesadas e com a essência do quinteto de Seattle. Mais uma vez, Mike McCready mostra toda sua virtuosidade e destaque para a excelente técnica de Matt Cameron produzindo algumas viradas incríveis na bateria. Eddie Vedder aproveitou a composição para dar uma bela alfinetada no atual presidente americano Donald Trump. 

"Seven O'Clock" dá uma pisada no freio relacionado ao ritmo, é possível sentir uma influência de "Love Boat Captain" do álbum "Riot Act"(2002). A letra está centrada na vulnerabilidade e fragilidade humana. Em contrapartida, "Never Destination" chega dando uma voadora, é praticamente um grito a respeito da negação sobre como o homem afeta a natura. Na sequência, "Take The Long Way", também uma das mais pesadas do álbum, é uma resposta do meio ambiente ao homem. 

Já chegando no final do registro de estúdio, "Buckle Up" é uma faixa é psicodélico atraente e quente, com outra letra sobre futuro incerto.  "Comes Then Goes", "Retrogade" e "River Cross" seguem a mesma linha calma e reflexiva.

"Gigaton" soa mais vital e inesperado. Muita coisa aconteceu na política dos EUA e é provocador pensar que isso pode ter algo a ver com o disco. Faz parte do rock'n'roll ser questionador e despertar  a "raiva" e nada se não for politicamente relacionado, você tem a sensação de que uma certa urgência em transmitir a mensagem pode ter dado à música do Pearl Jam um renovado senso de vigor. Com quase 30 anos de carreira em que muitos artistas gastariam dinheiro em pouquíssimo tempo, "Gigaton" sugere que o Pearl Jam ainda escreverá muitos capítulos na história do rock'n'roll por muito tempo depois que Trump se tornar uma memória distante.



Ouça "Gigaton" na íntegra: 

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