Chuva, lama, anos 90 - O último dia do SWU foi verdadeiramenterock'n'roll

10:58 PM

Por: Ingrid Natalie (@ingridnatalie)

O último dia do SWU Music And Arts Festival foi como reviver os anos 90. Está mais do que evidente que a essência dessa década magistral ainda continua pulsando nos dias de hoje.

Chegamos no festival às 17:30. A entrada foi bem tranquila e bem organizada, logo depois partimos para o Palco Energia, aonde ficamos concentrados até o final dos shows.  Infelizmente pelo horário perdemos os shows das bandas Raimundos e Down, porém o público a nossa volta fez excelentes comentários.





O primeiro show que vimos de fato foi da banda 311, que fez uma apresentação satisfatória.Depois foi a vez dos veteranos  do Sonic Youth entrarem no Palco Consciência  debaixo de chuva, mas ninguém quis sair pelo fato de talvez esta ter sido a última apresentação dos nova iorquinos. O setlist começou com  "Brave Men Run (In My Family)" e "Death Valley 69". Kim Gordon assumiu os vocais na maior parte da apresentação. Era claro que Thurston Moore estava completamente em exctase quando deitou por cima de sua guitarra.

O show que mais impressionou foi sem dúvida do Primus. O talento que o baixista Les Claypool exibiu foi de encher os olhos, principalmente quando ele trouxe o baixo de 6 cordas em "Jerry was a race car driver", dava pra perceber na expressão de todos uma reação de "Nossa!" . Muito virtuoso!


Primus: Les Claypool (Baixo), Todd Huth (guitarra) e Jay Lane (bateria) fazem um som que mistura funk, rock progressivo e uma viagem espacial com o astronauta

Depois o Megadeth entrou no Palco Consciência com o hit "Trust" , não faltou a clássica "Symphony Of Destruction" e as músicas do novo trabalho "Th1rt3en". Foi um show sem grandes surpresas, mas certamente Dave Mustaine atendeu as expectativas dos fãs. O carisma dele no final do show ao jogar seus braceletes com o nome da banda abriu um sorriso enorme no público.

Em seguida foi a vez do transloucado Scott Weiland  sua trumpe no Palco Energia. Scott provou ainda ter uma presença de palco que hipnotiza, todos aqueles movimentos quase acrobáticos e o megafone causam um verdadeiro furor. O setlist teve clássicos como "Plush", "Big Bang Baby" e "Sex Type Thing"e também sons do novo trabalho. Ah, Scott não teve medo nenhum da chuva, por várias vezes ele ia para a lateral do palco interagir com os fãs.

Para os mais apaixonados por grunge ver o Alice In Chains foi uma sensação inesquecível. A banda tem passado por momentos difíceis, mas Jerry Cantrel conseguiu reviver o espírito da banda trazendo William Duvall nos vocais e ele provou honrar o legado de Layne Staley.  Logo de abertura foi a explosiva "Them Bones" e destilaram vários outros clássicos  "No Excuses" , "Angry Chair", "Rooster" e o momento mais mágico foi em "Man In The Box"  aonde literalmente todo o evento cantou junto, "Would" foi pra fechar com chave de ouro.


Alice In Chains prova que o grunge continua viva

Enquanto o Alice In Chains encantava o público no palco Consciência, flores foram trazidas para o cenário do palco Energia. A 1.30 da manhã entra um ator encarnando um "pai de santo" com a bandeira de Pernambuco estampada na camiseta , fazendo um discurso "nonsense" sobre a paixão dele por colecionar livros, nisso os fãs ansiosos clamaram por Faith No More dizendo em coro "PORRA, CARALHO!". Em seguida entram todos os integrantes trajando roupas brancas como se estivessem num ritual de umbanda, é Faith No More sempre com um toque de sarcasmo e técnica impecável. É inexplicável poder ouvir ao vivo "Last Cup of Sorrow", From out of Nowhere", "Midlife Crisis", " Ashes to Ashes", "Digging The Grave", 3 momentos históricos com "Easy" e "Epic" cantadas em coro por 70 mil vozes e com "Evidence" cantada em português  Teve até a presença do coral de Heliópolis.  Mike Patton mostrou muita atenção conversando o público em português e um momento excêntrico fazendo o papel de cameraman, ele  literalmente tirou o câmera da posição e começou a filmar tudo....digamos que preferimos ele cantando...rsrs...e as 3:15 os fogos de artificio anunciaram o fim do SWU Music And Arts Festival 2011.


PORRA, CARALHO...sem mais

A organização dessa segunda edição teve muitos pontos positivos: mais praças de alimentação, melhor disposição dos palcos, lounge vip na lateral e espaço  muito maior. A organização conseguiu cumprir com todas quase todas as promessas feitas, ainda houve problemas no camping, porém nada que não possa ser repensado para 2012.

 Talvez a mãe natureza não teve tanta compaixão e por causa dela alguns shows começaram atrasados, mas nada mais rock'n'roll do que chuva e lama, quem reclama é porque nunca deve ter ido em um show ou em algum festival grande.

A equipe do FRS torce mesmo para que o Movimento SWU ganhe mais força, além de tudo que já foi feito em 2011 e que o festival se transforme em um Coachella.

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6 comentários

  1. Queria muito estar lá pra cantar “Man In The Box” com todo mundo!!! Esse foi o melhor dia do evento!!! Achei o Weiland meio estranho, mas adoro a banda tb!

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  2. Ana Cláudia17/11/11 14:01

    Mike Patton is a freaking God!!!! Sem mais...

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  3. Fiquei com muito medo do Mike Patton HAHAAHAHAHA
    Mas, pra mim, os show do Faith no More e do Primus foram os melhores!!
    Faith no More só pela loucura do Mike Patton já valia a pena! HAHAHAHA

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  4. Nossa, muito legal esse blog! Eu não gosto dessas coisas do Japão, porque são estranhas, mas vocês conseguem misturar ambas. Sei lá, é diferente de tudo que eu já vi por ai, achei maneiro!
    Gostei muito dessa matéria do SWU, eu tava lá e curti demais o FNM. Li muita gente falando mal, mas achei ótimo o show! Patton é um dos caras que eu mais admiro, ele é locão rsrsrsrs.

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  5. Muito obrigada pelo feedback Fabio!!! Ficamos muito felizes!!! Nossa intencao e misturar varios generos do rock para que todos conhecam sons diferentes. Eu adoro FNM e o SWU pra mim e um festival que guardo sempre no coracao!!

    Comente sempre =)

    Att,
    Ingrid.

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  6. Fui pra ver a maioria das bandas. Todas elas me influenciaram de alguma forma durante esses anos, mas Primus eu estava querendo ver desde sempre... Les Claypool é gênio! E Faith no More eu já sabia que seria destruidor. Mike Patton sabe comandar uma festa desse porte.

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