Ela+3 - Foto: divulgação

Com um som autêntico e letras que refletem o cotidiano, a banda Ela+3 se destaca na cena independente com sua energia e versatilidade

Texto: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Com uma sonoridade marcante e letras que abordam temas do cotidiano e críticas sociais, a banda Ela+3 tem conquistado seu espaço na cena musical brasileira. Formada por Karina de Veras (vocal), Rodrigo Santos (guitarra e voz), Elder Aragão (baixo) e Will Zod (bateria), o grupo traz uma mistura autêntica de rock e outras influências, sem se prender a rótulos. Recentemente, lançaram o single Estagnada, dando continuidade ao trabalho autoral que vem se fortalecendo desde o EP A Soma.

Nesta entrevista, conversamos com a banda sobre sua trajetória, influências musicais, desafios do cenário independente e os próximos passos da carreira. Confira!

FRS: A banda tem um estilo único que mistura rock com influências variadas. Como vocês descreveriam a sonoridade de Ela+3 e o que ela representa para cada um de vocês?

Ela+3: Nosso som é original, com críticas sociais e que fala do cotidiano. Não nos prendemos ao estilo para justamente não nos rotularem.

FRS: O single "Estagnada" foi uma das recentes novidades. Poderiam nos contar mais sobre o processo de criação e gravação dessa música?

Ela+3: Assim como o nosso já lançado EP "A Soma", "Estagnada" foi inteiramente produzido no Home Studio do guitarrista Rodrigo Severino. A única diferença é que desta vez a bateria foi realmente executada por nosso baterista William Zod na Fábrica de Cultura 4.0 de Santos, em vez de ser gravada digitalmente.

Assista ao videoclipe oficial da música "Estagnada": 

Ela+3: Ter um cenário como a cidade de Guarujá nos ajuda a ter inspiração, pois nossas praias trazem uma brisa de ar fresco, sempre renovando as ideias e juntando isso à nossa vontade de criar.

FRS: Quais são as inspirações musicais de vocês, tanto no rock quanto em outros gêneros? Tem algum artista ou banda que vocês consideram uma referência importante?

Ela+3: É quase impossível fazer rock com vocal feminino no Brasil e não associar à Pitty, Cássia Eller ou Rita Lee. Mas nós também gostamos de exaltar as nossas influências em outros estilos, afinal de contas, o que seria da gente sem citar artistas da música popular brasileira  como Elis Regina, Marina Lima, entre outras? E, é claro, também somos fãs de artistas internacionais como: Alanis Morissette, Foo Fighters, Beatles, The Cure e por aí vai.

FRS: Como tem sido a recepção do público nas apresentações ao vivo? Existe alguma reação ou momento específico que tenha marcado a banda até agora? 

Ela+3: As pessoas nos recebem muito bem por onde passamos. Alguns shows bem cheios e outros nem tanto, mas a energia do público é sempre cativante. Um dos episódios mais marcantes pra nós foi o festival na Lagoa da Saudade (Morro da Nova Cintra), onde dividimos o palco com muitas bandas legais, inclusive Chuva Negra. E todo o clima envolvido naquele dia além da apresentação de uma nova música foi bem especial pra banda. Sem nos esquecermos também do nosso show na Avenida Paulista, pois pudemos ter um contato olho no olho diretamente com o público e isso é surreal. Inclusive ficamos extremamente tristes com a proibição de apresentações musicais na Avenida Paulista.

FRS: Sabemos que a banda passou por várias transformações ao longo dos anos. O que mudou na dinâmica do grupo e na música de vocês desde o início até agora?

Ela+3: Tivemos três mudanças de bateristas ao longo destes nove anos, porém acreditamos que nossa maior mudança foi a virada de chave do cover para o som autoral. Além de nos especializarmos fazendo aulas de canto, guitarra e baixo.

FRS: O que podemos esperar para o futuro da banda? Há novos projetos, lançamentos ou turnês planejados?

Ela+3: Pretendemos lançar mais singles até o fim do ano, possivelmente lançaremos lyric video e estamos também com a agenda aberta para shows pois queremos atingir novos públicos.

Ouça o EP "A Soma" na íntegra: