Dot Legacy. Foto: Patrick Baleydier

Quatro amigos de escola, instrumentos e uma garagem. Esse foi o início da banda francesa Dot Legacy em 2009. Recentemente, o quarteto anunciou o lançamento do segundo disco de inéditas, "To The Others". O novo material tem chegada prevista para novembro de 2016, mas os fãs podem ter um gostinho do que está por vir com o single "Story Of Fame". A faixa é uma homenagem a Jim Morrison, vocalista do The Doors, e já ganhou um clipe repleto de referências espaciais. Dot Legacy é formado por Damien Quintard (vocal e baixo), Arnaud Merckling (guitarra e teclado), John Defontaine (guitarra) e Arthur Menard (bateria).

Em terras tupiniquins, o grupo conquistou vários fãs em sua passagem no Festival DoSol (Rio Grande do Norte) em 2015. No momento, eles seguem excursionando pela Europa e pretendem voltar para apresentações no América do Sul, incluindo o Brasil, no próximo ano. Conheça mais do "rock energético" do Dot Legacy em entrevista para nossa equipe:

FRS: Vocês estão prestes a lançar "To The Others", seu segundo álbum de estúdio. Como foi o processo de composição?

DL: Foi a primeira vez que nós tivemos um prazo estabelecido. Nossa gravadora Setalight Records ficou contente com o primeiro álbum e quis que o segundo viesse dois anos depois. Então, nós usamos as turnês como um teste onde nós poderíamos ver como as pessoas reagiriam e assim compomos as músicas na estrada. 

FRS: Vocês diriam que esse novo álbum foi mais desafiador do que o primeiro? 

DL: De certo modo, sim. Nós tínhamos uma intenção diferente para o segundo disco. A ideia era se tornar capaz de fazer o que nós amamos (uma mistura de tudo de bom e que nós gostamos), mas, ao mesmo tempo que queríamos que as pessoas pudessem compreender muito rapidamente a mensagem em cada canção. No primeiro álbum, tivemos uma série de mudanças o tempo todo e nós tentamos fazer um segundo álbum que foi mais eficiente em termos de transições e melodias.

FRS: Como "Story Of Fame" se tornou o primeiro single e como foi a concepção do vídeo? 

DL: Queríamos dar às pessoas uma ideia do que era de esperar de "To The Others". É mais de uma introdução ao álbum do que um single. Foi feito um grande trabalho nas linhas vocais e foi a decisão banda de  para colocar um presente para a frente. Foi um de caminho para nós começar com uma canção que era impossível colocar uma marca. 

“Story Of Fame” é um tributo a Jim Morrison - vocalista do The Doors. O single recebeu um videoclipe inspirado pela era especial e  evolução da humanidade, cheio de elementos do retrofuturismo. Segundo Merckling, a faixa instrumentalmente transmite a história de Morrison, podendo ser analisada em três fases. “Começamos com o groove da vida normal, seguido pela transição para o estado de fama e resultando em uma força eficiente e poderosa”, explica o tecladista da banda. “Groove, poder e poesia sintetizam o que o The Doors trouxe à música”, finaliza. Assista ao vídeo:

FRS: Qual o papel da música de Jim Morrison para a banda?

DL: Bem, em cada uma das nossas músicas tem uma homenagem à uma banda específica, estilo, ou emoção. Portanto, de alguma forma Jimmy e The Doors influenciaram a banda musicalmente. O fato de que foi um jeito de nós mencionarmos Jim Morrison, não significa realmente que a banda depende dele musicalmente. Nós quatro temos diferentes gostos musicais então a gente também poderia dizer que Elvis, Aretha Franklin, Iggy Pop ou Bob Esponja tem um papel na banda! 

FRS: Quanto a banda cresceu até o momento? 

DL: Nós não poderíamos imaginar quando começamos alguns anos atrás que estaríamos excursionando ao redor do mundo e lançando discos. Nós estamos realmente felizes de como as coisas estão indo e as próximas turnês, como aquela com Truckfighters, são bons exemplos de como a banda cresceu. Certamente nós não somos estrelas do rock! Mas, amamos o que fazemos, e amamos que as pessoas também gostem do nosso trabalho. Na verdade, nós amamos quando a humanidade se apaixona por fazer amor e...er....música (risos)

FRS: Vocês vieram ao Brasil ano passado e não posso deixar de perguntar: como foi tocar no Festival DoSol em Rio Grande do Norte? Podemos aguardar um retorno do Dot Legacy ano que vêm?

DL: Brasil foi incrível! Foi como estar de férias em um lugar paradisíaco, e também poder tocar. O público curtiu nosso som, tirou foto e comprou produtos todas as noites. Então, nós definitivamente voltaremos ano que vêm, mais provável no inverno de 2017, e não apenas no Rio Grande do Norte, mas também no sul.