Asa Branca e a Banda dos Cabezas de Vaca fala das cores e vibrações do amor em novo single

1:18 PM


'Eu me apaixonei por um garoto', que aborda o amor de um pai pelo filho, carrega leveza e balanço na mistura do rock, indie e música brasileira

Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Rock, pop, blues e MPB, tudo junto e misturado em uma sonoridade encantadora. Essa é a banda Asa Branca e Banda dos Cabezas de Vaca que surgiu em 2019 e tem como núcleo os irmãos Igor Morales e Victor Dionísio.

Logo após seu surgimento, a banda lançou em abril de 2020 o EP intitulado “UM”, com quatro músicas inéditas. Pouco tempo depois, em agosto de 2021, veio o primeiro álbum completo chamado "Nadaísmo", em que mostra a gama de referências em suas composições originais que poderiam se encaixar em um 'Modern Psychedelia'. O disco é uma celebração da liberdade estética e emocional dos integrantes.

Em seguida, vieram os singles "Sopa de Feijão Divina", "Corescorescores" e "Sereia" que transitam por diversos ritmos e melodias, as faixas trazem reflexões existencialistas para o cotidiano do ouvinte. Mais recentemente, divulgaram a música "Eu me apaixonei por um garoto" que é um tributo ao a Tonton, filho do guitarrista e vocalista Igor Morales. É uma canção apaixonante esculpida por guitarras com vibrato e reverb e a sutileza de teclas de um piano elétrico, tudo com muita finesse e na dose perfeita entre o indie rock e a música brasileira

A música, revela o quarteto, nasceu em uma jam dentro do estúdio e logo foi ganhando corpo, cores e vibrações, um prato cheio para fãs de indie pop psicodélico e que, de fato, deixa claro as influências da banda: Ty Segall, King Gizzard and the Lizard Wizard, Jards Macalé e Itamar Assunção, entre outros.

Leia a nossa entrevista com a simpática banda Asa Branca e a Banda dos Cabezas de Vaca que nos contou sobre o processo de composição da nova música e o momento atual da banda: 

FRS: Para aqueles que estão conhecendo o trabalho da banda pela primeira vez, como o projeto se iniciou?

O projeto teve início em janeiro/2019. Eu e meu irmão nos juntamos e trocamos "bibliotecas" de riffs e ideias gravadas. Daí começamos a se reunir semanalmente pra transformar essas ideias em músicas. Lá pra julho a gente já tinha uma base do que seria o "Nadaísmo" e começamos a ensaiar com dois amigos.

FRS: Como surgiu o nome Asa Branca e a Banda dos Cabezas de Vaca?

O "Asa Branca" surgiu por enxergar na música de Luiz Gonzaga uma síntese da música brasileira, que por si só se tornou uma entidade. Ao criar a banda, queríamos que o nosso som fosse o grande protagonista e não o meu nome ou de alguém outro. Já os "Cabezas de Vaca" vem de Álvar Núñez Cabeza de Vaca, um colonizador espanhol que virou naufrago e caminhou da florida até o méxico, sendo colonizado por aqueles que ele planejava colonizar. 

FRS: Qual o maior propósito da banda?

Acredito que o maior propósito é tocar o ouvinte. Comos as letras são, em muitos casos, poesias com metáforas, nós convidamos o ouvinte a se relacionar com as letras e experimentar sentimentos de suas próprias vivências com o que chamar a atenção dele. 

FRS: Desde o EP "Um" e o álbum "Nadaísmo", como a banda amadureceu? 

O amadurecimento veio com vivências de vida numa época de pandemia, trocas com diferentes membros que passaram pela banda, ensaios, maneiras de escrever e observar/entender o mundo. Eu por exemplo comecei a fazer um curso de teatro o que me ajudou bastante a "colocar coisas pra fora". Meu irmão teve um filho! Isso tudo muda a estrutura do que a gente acha que é ou sabe. 

FRS: Falando sobre o recente single 'Eu me apaixonei por um garoto' que é uma homenagem a Tonton, filho do guitarrista e vocalista Igor Morales. Como surgiu a composição em termos de melodia?

Nessa composição o Igor trouxe uma ideia de riff, levada e letra para o ensaio. Meio que já estava na cabeça dele. Dai a gente ensaiou horrores até chegar numa forma em que estávamos todos satisfeitos. Então, no começo foi uma criação pessoal do Igor e depois se tornou uma criação coletiva que é uma coisa que a gente preza muito.

Ouça a música:

FRS: Quais serão os próximos passos da banda?

Os próximos passos eu diria que são produzir mais uns dois singles e em paralelo um disco cheio. Além de levar nossas músicas para mais gente. 

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