Speed Of Light: o futuro do rock'n'roll está em boas mãos

12:09 PM

Speed Of Light - Foto: divulgação

O jovem trio de irmãos canalizam o melhor do heavy e punk rock em um som potente e surpreendente

Por: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)

Existe aquele ditado que diz que "a juventude é o futuro do mundo" e o mesmo se aplica ao rock'n'roll. De Santa Monica, California, encontramos o  jovem trio de irmãos que formam o Speed Of Light. Cameron Christensen, de 17 anos, é o responsável pelos poderosos riffs de guitarra. Já Tyler Christensen, de 16 anos, doutrina ferozmente a bateria. Por fim, temos Riley Christensen, de 14 anos, que com sua voz rasgada e uivante, quase uma mistura de Janis Joplin e Courtney Love, enlouquece com seu potencial vocal. O som da banda é inspirado desde o punk dos anos 70 ao desert rock. A banda agitou as principais cidades da costa californiana e além com seu som original, abrindo seu próprio caminho sem desculpas, sem olhar para trás e nada além de um caminho aberto à frente.

Apesar de a banda ainda não ter um álbum completo, a notoriedade que eles estão ganhando é crescente, sendo considera a melhor banda jovem de rock de L.A da atualidade pela Reckless Magazine. De fato, a imponência e fúria do rock'n'roll do Speed Of Light impressiona, mesmo com referência de bandas lendárias, esses jovens estão nos encaminhando para o futuro. "Kill The Vibe" e "Nose Dive" são duas músicas de fazer cair o queixo pelo peso e ferocidade do som.

Speed Of Light já se apresentou no festival Alienstock, em Nevada, tem residência mensal no The Redwood Bar no centro de Los Angeles desde 2018 e tocam frequentemente no "Bands In A Barbershop" do Echo Park. O sucesso deles também chegou na costa leste americano, tendo se apresentado no programa de TV Wonderama na cidade de Nova York. O céu é o limite para eles.

Confira a nossa entrevista com a vocalista e baixista Riley:

FRS: Em primeiro lugar, muito obrigado pela disponibilidade! É um prazer falar com vocês! Agora, gostaríamos de saber: como vocês decidiram montar a banda?

Riley: Somos uma família, então a banda meio que se formou organicamente. Meu irmão mais velho, Cameron, começou a tocar guitarra quando tinha 7 anos, e então meu outro irmão, Tyler, juntou-se a ele na bateria. Eu sou a mais nova e comecei na guitarra, mas não precisávamos de duas guitarras, então peguei o baixo. Eu realmente aprendi a amar isso! Sempre tocamos juntos, desde que me lembro. Um dia, decidimos apenas dar-lhe um nome oficial e chamá-lo de “Speed Of Light”.

FRS: Você são jovens, mas fazem um som muito intenso e poderoso. Como foi sua formação musical? Devo dizer que vocês são extremamente notáveis.

Riley: Não tivemos uma educação musical. Nossos pais não são músicos e não têm nada a ver com a indústria musical. Eles nem tocam instrumentos, então não sabem nada sobre como criá-los. Tivemos que descobrir tudo por conta própria. Tudo o que aprendemos passou por tentativa e erro. Cometemos muitos erros e ainda os cometemos, mas também estamos aprendendo muito ao longo do caminho. Mas eles têm me apoiado muito. Como eu tenho 14 anos, Tyler tem 16 e Cameron tem 17, ainda precisamos que nossos pais nos levem, carreguem nosso equipamento e nos acompanhem em locais para mais de 21, como um onde tocamos recentemente.

Assista ao vídeo de "Nose Dive":


FRS: Quais são as principais influências da banda?

Riley: Esta é uma boa pergunta porque nós três temos influências muito diferentes. Estou surpreso por termos nos tornado uma banda, mas de alguma forma está funcionando. Cameron curte riff rock blues dos anos 70, como Led Zeppelin ou Black Sabbath. Tyler gosta de punk, todos os tipos. E eu gosto de Sonic Youth, The Cure, Radiohead. Então colocamos tudo isso na mesa e acabamos nos checando para formar um equilíbrio estranho.

FRS: Como surgiu o nome "Speed ​​Of Light"?

Riley: Estava na letra de uma das primeiras canções que escrevemos. Nós sabíamos que queríamos tornar nosso "encontro musical" oficial e chamá-lo de banda, então nós inventamos um monte de nomes ruins como "Foolish Mortals" (Tolos Mortais), "Filthy Casuals" (Casuais Sujos), mas no final decidimos por "Speed Of Light" (Velocidade da Luz).

FRS: Até agora, vocês lançaram quatro músicas. Como funciona o processo de escrita para vocês?

Riley: Somos muito orgânicos. Nós literalmente tocamos por horas até encontrarmos um riff de que gostamos. Sempre começa com o riff. Então Tyler trabalhará na bateria. Eu vou fazer baixo. Vamos elaborar uma melodia. Na maioria das vezes eu canto solo, então vou resolver isso. O primeiro rascunho de uma música geralmente começa com 7-8 minutos e então nós o aprimoramos o máximo que podemos. No mês passado estávamos em um estúdio gravando uma de nossas músicas e reduzimos para 83 segundos! Quanto às letras, todos nós trazemos algo diferente para a mesa e escolhemos as letras da música, e então fazemos o ajuste fino a partir daí.

FRS: Qual das quatro canções descreve a melhor música do Speed ​​Of Light? Por quê?

Riley: Eu diria "Kill the Vibe". Mas, o que é engraçado é que essas 4 músicas, cada uma representa um de nós. Tyler é mais "Feed". Cameron é mais "Break". Eu sou mais "Nose Dive". E todos nós nos reunimos para "Kill the Vibe".

Assista ao vídeo ao vivo de "Kill The Vibe":


FRS: Finalmente, quais são os planos futuros para o Speed ​​Of Light?

Riley: Estamos gravando muito. Estamos literalmente ensaiando ou em um estúdio, 5 dias por semana, gravando. Escrevemos muitas coisas sobre a pandemia e agora estamos oficializando tudo. Muito material novo chegará em breve. O sonho é fazer uma turnê mundial e tocar no Brasil para um verdadeiro público!

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1 comentários

  1. Michel Moreira10/12/22 22:55

    Parabéns pela matéria e entrevista!
    De tempos em tempos percebemos, desde cedo, as bandas que têm qualidade em sua essência e potencial para estourarem mundialmente algum dia. E a Speed of Light certamente é um destes casos. Tão jovens e já fazem um som tão poderoso e intenso! Não via isso desde Silverchair.
    Excelente iniciativa escrever sobre eles, já que ainda são desconhecidos do grande público. Ficará marcada como uma das primeiras de muitas matérias em português que provavelmente ainda deverão ser produzidas.

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