Allen Key fala sobre nova fase após Lollapalooza e lança o poderoso single 'Get in Line'
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Crédito: Caike Scheffer (@caikescheffer) |
Em entrevista ao Female Rock Squad, Karina Menascé comenta o impacto de tocar no Lolla, os bastidores do novo single “Get in Line” e a força da Allen Key na transição do underground para o mainstream.
Texto: Ingrid Natalie (instagram: @femalerocksquad)
Desde 2018, a Allen Key constrói uma das trajetórias mais sólidas e interessantes da música pesada feita no Brasil. Com a voz potente e versátil de Karina Menascé à frente, a banda começou revigorando o hard rock com produções polidas e, com o tempo, mergulhou em um metal contemporâneo que rasga rótulos e conquista diferentes públicos. Essa força criativa e a evolução do grupo ficam evidentes em “Get in Line”, novo single lançado pela Canil Records, que chega logo após a performance no Lollapalooza Brasil 2025 — um marco para qualquer banda nacional. A faixa é um verdadeiro manifesto da Allen Key: um recado direto a quem tenta minar seu caminho. Com guitarras de afinação baixa, vocais ainda mais distorcidos e agressivos, e um clipe simbólico estrelado por uma cobra, “Get in Line” mostra que a banda está no seu momento mais forte. Conversamos com Karina sobre essa nova fase, os bastidores da transformação e os próximos passos da Allen Key.
FRS: Quero começar abrindo a entrevista sobre a performance no Lollapalooza Brasil 2025 — um feito enorme para qualquer banda nacional. Como foi essa experiência e o que mudou depois disso?
Karina Menascé: O Lollapalooza foi uma experiência fantástica. Sempre sonhamos em tocar nos palcos desse festival tão incrível. A experiência foi extremamente gratificante e serviu de muito aprendizado para nós. O lollapalooza nos deu muita mais garra para chegarmos onde queremos, e a visibilidade que tivemos graças a eles, foi surreal.
FRS: Falando sobre o novo lançamento, “Get in Line”. A faixa marca uma virada importante na trajetória da Allen Key. Você disse que essa música representa a passagem do underground para o mainstream. O que mudou internamente na banda — e em você — para que essa transição acontecesse agora?
Karina Menascé: A "Get in line" é o segundo single que lançamos com a banda solidificada em trio. E essa transição que tivemos para esse trio se unificar um só, foi onde mais crecemos. É surreal e surpreendente como as coisas fluem quando você está ao lado de pessoas que realmente sonham o seu sonho, e fazem dele as suas vidas. Eu acredito fielmente que a Allen Key está em sua fase transitória, do underground a caminho do mainstream. E isso se dá por muito trabalho, acima de tudo, muita vontade de chegar lá.
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Capa do single 'Get in Line' (Allen Key, 2025) |
FRS: A faixa tem uma mensagem bem direta para quem tenta minar o trabalho de vocês. De onde veio essa inspiração? Foi algo que vocês viveram recentemente?
Karina Menascé: A "Get in line" é uma música bem pessoal, e representa um momento que eu, pessoalmente, e a Allen Key vivemos como artistas. É impressionante como pessoas pequenas precisam "diminuir" e minar, como voce mesma disse, o seu trabalho, para que elas possam ter o mínimo de atenção. Que é justamente o que elas vão ter, 5 minutos de atenção; normalmente de pessoas que também estão na mesma situação que elas. Ou seja, um ciclo sem fim. Honestamente, eu não poderia me importar menos com o que falam de mim, da Allen Key, ou como a Allen Key chegou onde está. Eu sei exatamente o caminho que trilhamos, e o trilhamos com muita honestidade e perseverança, e francamente, faria tudo de novo. Então a "Get in line" veio disso. Entrem na fila para falar o que quiserem, nós continuaremos o nosso trabalho com muito amor próprio.
FRS: A simbologia da cobra no clipe é forte e poderosa. Como surgiu a ideia de usá-la como metáfora visual dessa fase de “transformação e enfrentamento”?
Karina Menascé: A cobra veio aos 45 do segundo tempo hahah! O clipe inicialmente era diferente. E no fim, em uma epifania pensamos na cobra. Que fazia total sentido da música, por ser um animal considerado traiçoeiro. Ela veio somar na ideia da música. E um fofo tá? O Amorim deu um show de simpatia.
Assista ao vídeo de "Get In Line":
FRS: O som da banda em “Get in Line” está mais pesado, os vocais mais distorcidos e agressivos. Como foi esse processo de evolução vocal para você?
Karina Menascé: O processo foi do experimental ao produto final. Era um desejo nosso desde o início, e acredito que nesse meio tempo, eu consegui evoluir mais a técnica. Quem sabe até o próximo álbum eu não consegui a desenvolver melhor. É um super desejo.
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Crédito: Caike Scheffer (@caikescheffer) |
FRS: A Allen Key começou revigorando o hard rock e agora flerta com o metal contemporâneo, rasgando rótulos. Como vocês equilibram essa liberdade artística com a expectativa de um público fiel?
Karina Menascé: Acreditamos que o consumidor da Allen Key esteja acostumado a receber um som de 8 a 80. Ja no primeiro momento de banda, viemos da doce "Goodbye", para a "The Last Rhino", depois de "Sleepless" a "Get in Line". Acredito que seja um público super acostumado em ouvir momentos diversos com um denominador comum, que é a música boa que toca no coração.
FRS: Para finalizar, a banda está em um momento de expansão. Há planos para turnês fora do Brasil e novos lançamentos em breve?
Karina Menascé: Por enquanto estamos com as nossas energias focadas em fazer a tour com a crypta, e entregar o melhor material possível para todos; e finalizar o segundo álbum, que já está em sua fase final de processo.
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